O que é Antroposofia?

Uma breve abordagem por Karin Evelyn de Almeida.

A Antroposofia nasceu no fim do séc XIX através do seu fundador, ou melhor “parteiro” Rudolf Steiner. Neste exato momento histórico se executa a transição da milenar época da ética coletiva para a conquista da ética individual.

Enquanto a humanidade era guiada pelas atividades culturais, políticas e espirituais – religiosas, o ser humano se orientava em relação da sua conduta humana na moralidade pré estabelecida.
Mas desde o séc XII, época da cultura medieval, os melhores pensadores vislumbravam e esperavam esta grande transição ou transformação da consciência humana. E estes seres humanos mais desenvolvidos tanto no ocidente como no oriente se perguntavam o que precisava ser feito para auxiliar a humanidade no instante em qual a modernidade conquistará de fato o conhecimento da “tecnologia”. E com esta conquista entraria em vigor para qualquer ser humano o princípio do livre arbítrio, que até então era uma conquista de poucos.

Os melhores pensadores e verdadeiramente religiosos do séc XII se perguntavam: “A humanidade vai dar conta desta exigência? O ser humano vai de fato estar capaz de dar o passo da ética coletiva, da ética pré estabelecida para a ética individual?” Esta conquista é uma pré condição para o uso da liberdade. Pré condição também para o uso das conquistas da tecnologia que mudou drasticamente a qualidade e a conduta humana no séc XX / XXI.
Desta preocupação de séculos nasceu a decisão divina, hierárquica e humana de auxiliar a humanidade no começo do séc XX, introduzindo o conhecimento da Antroposofia ou da Ciência Espiritual através do seu fundador Rudolf Steiner.

Um conhecimento físico e espiritual que permite, para qualquer ser humano que estuda ou quer conhecer, adquirir critérios próprios a respeito de qualquer assunto da vida humana.
Basta ter uma mente aberta, sem pré conceitos e ter ausência de preguiça espiritual. Porque ninguém conquista idéias próprias sem a firme vontade de querer ampliar o seu conhecimento para adquirir critérios próprios, para a formação dos valores morais e culturais individuais.
Além do mais, a Antroposofia apresenta um conhecimento verdadeiramente cristão, que permite que a meta espiritual humana pode ser conquistada.

Já no séc XII os Templários conheciam e verbalizavam esta meta através das seguintes palavras: “Cada ser humano precisa ser seu próprio Rei e seu próprio Sacerdote!”
Ou com outras palavras; cada ser humano deve conquistar, através do próprio pensar, a condição de ser capaz de desenvolver a ética individual. E em seguida querer somar com aqueles que também se encontram nesta busca.
Desta maneira a cultura humana poderia ser transformada nas suas obras físicas. E nas relações humanas expressar a dignidade e grandeza humana.

Neste intuito, o conhecimento da Ciência Espiritual ou Antroposofia, fecunda a cultura e renova as atuações profissionais. Como também fecunda as diversas correntes espirituais, unindo-as nesta busca verdadeiramente humana e espiritual.

É visível neste instante que a cultura humana não pode ser salva sem esta união: Somar as forças em favor de um ideal espiritual em comum.

Sem qualquer dúvida, a reforma da educação, medicina, das artes, da arquitetura, da agricultura e também das ciências, que geram a tecnologia, são fundamentais. A educação se introduziu sob o nome “Pedagogia Waldorf”, a educação especial sob o nome “Pedagogia Curativa”, da medicina, “Medicina Antroposófica”, etc…
Assim qualquer ser humano, independente de suas origens, estado social ou das convicções espirituais e religiosas, pode almejar ampliação de sua consciência através da Antroposofia ou Ciência Espiritual.

Olhamos agora para mais de 100 anos de cultivo e atuação social da Antroposofia no mundo inteiro e podemos notar que, de fato, o ser humano ganhou um auxílio extraordinário e valioso tomando conhecimento destes conteúdos físicos e espirituais.